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Colorismo: 3 erros a se evitar na seleção de vagas exclusivas

Atualizado: 12 de ago. de 2022

Precisamos falar sobre o COLORISMO e sobre como isso pode interferir em um processo seletivo de vagas exclusivas para pessoas pretas. Preparamos para você algumas dicas bem importantes sobre o assunto!




O QUE É COLORISMO?


Antes de saber como o colorismo afeta a contratação de pessoas pretas, vamos entender o que é o colorismo.

Entende-se por colorismo a discriminação pela cor da pele, ou seja, quanto mais pigmentada a pele, quanto mais melanina ela tiver, mais preconceito essa pessoa vai sofrer.


Trazendo para o nosso dia a dia, o tom de pele vai determinar os privilégios que essa pessoa vai ter. Exemplo: quando a pessoa é preta e tem o tom da pele mais claro, torna-se “mais aceitável” visivelmente para a branquitude (nível hierárquico formado ao longo da vida de qualquer pessoa branca, onde é colocada pela sociedade em um papel de superioridade), muitas vezes sendo intitulado(a) de moreno(a).



3 ERROS COMUNS E COMO EVITÁ-LOS

Atualmente, muitas empresas têm trabalhado com vagas exclusivas para pessoas pretas, mas dentro do processo de recrutamento e seleção podem ser observados diversos erros, que acontecem também no processo de cotas para pessoas pretas nas universidades brasileiras. Vamos listar os três principais erros cometidos:


  1. Não conseguir distinguir uma pessoa preta, branca e parda Um dos maiores erros que podemos encontrar ao selecionar um(a) candidato(a) em uma vaga exclusiva para pessoas pretas é exatamente não saber se essa pessoa é preta. O que reflete isso é a falta de conhecimento, a falta de procura pelo assunto por parte do gestor(a) da vaga ou recrutador(a) e também por existir mais de 100 tipos de tons de pele pretas. Por conta da miscigenação existem pessoas pretas de pele clara. Essas mesmas pessoas, muitas vezes, não são consideradas pretas pela sociedade. Também é possível encontrarmos o contrário: pessoas brancas se considerando pretas e progredindo no processo de seleção da vaga, chegando a ser contratadas. É aquela velha história: claro demais para ser preto ou escuro demais para ser branco. É de suma importância que a empresa tenha ou desenvolva uma política de diversidade cultural dentro da organização. Não somente para a contratação de profissionais pretos(as), mas para que haja debates, projetos, troca de experiências sobre o assunto e para que consiga corrigir seus erros e melhorar seus processos de seleção e desenvolvimento.

  2. Ter como identificação étnica apenas a cor da pele A identificação do fenótipo preto vai muito além do tom da pele; ocorre por meio do cabelo crespo ou cacheado, nariz largo, boca grande etc. É um erro usar a cor de pele como principal meio de identificação. Não podemos levar em consideração apenas o tom de pele por conta da miscigenação e de doenças de pele que podem afetar a sua coloração, como o vitiligo e condições genética,s como o albinismo.

  3. Não ajustar o processo de recrutamento e seleção em vagas exclusivas para pessoas pretas Quando um(a) recrutador(a), gestor(a) ou coordenador(a) faz a abertura de uma vaga exclusiva, precisa levar em consideração que, embora o Brasil tenha como maioria a população preta, o fato é que as escolas não possuem essa maioria, as universidades não possuem essa maioria e as empresas não possuem essa maioria. Então, ter um olhar inclusivo ao fazer a abertura da vaga é essencial. Talvez a pessoa que você busque não tenha o estudo solicitado nos requisitos da vaga, mas talvez tenha toda a experiência necessária. Por que não tentar? Talvez seja uma função que possa ser ensinada/instruída; por que não investir esse tempo? Afinal, esse tipo de processo seletivo normalmente possui o objetivo de diversificar e incluir.


UM PROBLEMA CHAMADO BLACKFISHING

Como há muitas empresas abrindo vagas exclusivas para pessoas pretas com o intuito de gerar diversidade, sempre tem aquela pessoa querendo se infiltrar e ganhar a oportunidade.

Logo abaixo podemos ver alguns exemplos de blackfishing (pessoas não-negras que utilizam de elementos próprios da cultura negra).




Rachel Dolezal é ativista conhecida por sua condição de mulher negra autoproclamada, mesmo tendo nascido de pais brancos. Foi presidente da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP), mas renunciou ao cargo após o movimento negro não identificar Rachel como uma mulher negra e pelo uso do blackfishing.





Emma Hallberg é uma blogueira sueca branca, que causou repercussão em 2018 após fingir ser negra para ganhar seguidores.



A IMPORTÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE


A representatividade, na maioria das vezes, vem do outro para com você, explica Stephanie Ribeiro, escritora e arquiteta. Levando isso para o meio organizacional, quando a empresa segue um padrão de superiores homens e brancos, qualquer pessoa que sair desse padrão vai pensar que todo o esforço que ela fizer não vai valer a pena, porque nunca vai conseguir chegar naquele cargo. A representatividade dentro das empresas é importante para que o colaborador veja onde ele pode chegar e os objetivos que ele pode alcançar.

Agora que você já entendeu um pouquinho sobre o colorismo, representatividade e os principais erros cometidos no processo de vagas exclusivas, que tal investir mais tempo em ter um processo seletivo mais certeiro, inclusivo e cheio de empatia com o(a) candidato(a) preto(a)? <3



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Fontes:



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