Você já ouviu falar em Life Design e qual o seu papel na orientação e planejamento de carreira?
Essa é mais uma ferramenta importante e muito útil para o seu desenvolvimento profissional! Vamos entender um pouco mais sobre isso nesse artigo, vem comigo!
Cada vez mais as pessoas estão percebendo que a carreira de alguém pertence à própria pessoa e não à organização para qual trabalha. Algo que comentei no meu post anterior quando falamos sobre lifelong learning como competência do futuro, é que olhar para a evolução do mercado e sociedade se faz importante, mas tão necessário quanto isso, é o autoconhecimento.
Cada vez, mais cabe ao indivíduo descobrir seus propósitos, valores e onde deseja atuar e fazer parte, e não o contrário. O que para muitos pode ser um desconforto, pois exige muita reflexão interna, compreensão de si mesmo, habilidades, desenvolvimento e também encarar pontos fracos. Reconhecer onde estamos e se estamos satisfeitos com a nossa realidade.
Viemos de um passado onde praticamente tudo era previamente estabelecido, seja pela gestão, professor(a), orientador(a) vocacional, ou mesmo nossos pais. Tínhamos menos autonomia, análise crítica e muito mais amarras sociais sobre quem deveríamos ser, como nos portar e o que escolher como profissão. O que hoje torna tudo muito mais desafiador, pois precisamos pensar além, fora da caixa, depois de tanto tempo tendo alguém ditando as regras do jogo, para assumir o protagonismo da nossa vida profissional e carreira.
MAS ONDE ENTRA O LIFE DESIGN?
Sendo assim, abordagens deterministas e mecanicistas, que colocam um(a) orientador(a) como detentor(a) de saber sobre a vida do outro (como por exemplo, testes vocacionais feitos em consultório, escolas e até mesmo pela internet), acabam não se encaixando mais em nosso momento atual, frente a evolução do trabalho e da sociedade como um todo.
Portanto, trabalhar com o sujeito de forma a auxiliar na construção de suas escolhas, de acordo com sua realidade, onde o(a) profissional orientador(a) ou conselheiro(a) se preocupa muito mais com as descobertas que o pessoa traz do que com a interpretação e diagnóstico das mesmas, saindo assim da posição de “especialista”, e colocando a própria pessoa como autor(a) de sua trajetória individual, me parece o mais adequado e justo.
E é exatamente por esse caminho que o Life Design irá atuar dentro do tema orientação de carreira.
LIFE DESIGN - DEFINIÇÃO:
O Life Design é um modelo de aconselhamento de carreira, atual, e que foi construído através da necessidade de novas teorias para se compreender o comportamento organizacional frente às mudanças no mercado de trabalho no século XXI.
Surge reforçando a ideia de criação, pretendendo demonstrar o quanto é importante na atualidade, ser flexível e criativo, dar sentido à vida, para melhor compreender e lidar com as características desses novos contextos que estão surgindo. É um modelo que possui como base conceitos das áreas de educação, psicologia e design thinking.
Nesse modelo, a carreira é encarada como algo individual. Onde as pessoas são as construtoras e agentes das suas próprias carreiras. É um processo intencional, orientado por objetivos de projetar a vida com autoria ou marca pessoal. Aqui a noção de carreira é substituída pela noção de vida. O conceito é utilizado de acordo com a realidade e necessidade da pessoa, por isso flexível e não engessado, sendo um mapa de ação e uma ferramenta que irá atuar através da construção de sentido e não da interpretação.
OS 10 PRINCÍPIOS DO LIFE DESIGN
A Tulane University de New Orleans, construiu cursos e métodos para auxiliar seus estudantes nesse encontro da Jornada profissional e pessoal através do Life Design, pontuando dez princípios centrais e mentais para qualquer pessoa poder usar e refletir como um guia na construção de sua jornada.
Reconheça e aceite onde você se encontra em sua carreira e jornada pessoal.
Procure compreender a si mesmo.
Defina e reconheça o que é importante para você.
Faça um brainstorming de muitos caminhos possíveis.
Construa uma rede por meio da empatia e aprenda com os outros.
Projete sua história e sua marca pessoal.
Experimente! Teste suas ideias e suposições no mundo real, não tenha medo de errar.
Seja flexível! Adapte seu plano com base no que você aprende. Preste atenção em o que você não gosta.
Concentre-se na sua evolução no processo, não em um destino estático ou carreira futura.
Acredite que vale a pena projetar sua vida.
Resumindo…
Busque reconhecer o que está sentindo em relação ao seu momento atual. Aprenda mais sobre suas crenças, valores e habilidades. Assuma o controle daquilo que é importante para si mesmo, deixando também aquilo que não se alinha com a pessoa que você deseja ser. Permita-se considerar caminhos que você talvez nunca tenha pensado como possível. Projetando assim sua história, com sua marca pessoal e não como os outros gostariam.
Outro ponto importante, é permitir-se errar. Realize o que no design é chamado de prototipagem, ou seja, transfira suas ideias para o mundo real e as teste.
Faça pesquisas e networking com pessoas de sua área de interesse ou nas quais tem dúvidas, busque acompanhar ou entender seu trabalho, por exemplo. Assim você pode ir adaptando seu plano com base nessa evolução de ideias e interesse.
Não seja rígido, e busque ouvir de forma genuína mesmo quando for algo que não goste. Esteja aberto, seja flexível e concentre-se em seu momento atual, na sua evolução.
LEMBRE-SE!
O Life Design não se trata de algo rígido e definitivo. Você pode por um tempo estar super envolvido em uma área e daqui a pouco perceber que este ciclo está se fechando e que precisa seguir em frente com outros interesses.
Fazer algo novo é realmente desafiador, pode gerar ansiedade e angústia, pois não sabemos como será daqui pra frente, mas isso faz parte da experiência humana. E junto com você encontram-se muitas outras pessoas lutando também pelos seus propósitos, com suas incertezas e dúvidas. Ou seja, você não está sozinho(a)!
E quando esses medos surgirem cabe o questionamento para refletirmos:
Esse medo faz parte de minha própria insegurança, dúvida ou crítica interna?
É importante avaliarmos o quanto esses sentimentos estão enraizados em nossas crenças e padrões. Por isso o autoconhecimento, às vezes junto a um profissional de saúde mental, se torna importante para construção dessa jornada de acordo com aquilo que desejo e almejo não só para minha carreira profissional, mas em minha jornada pessoal. <3
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